07 abril 2006

 

Nova Direcção do OAL

A 5 do mês corrente, a Comissão Científica do OAL escolheu os nomes dos Professores Rui Agostinho e Paulo Crawford para, respectivamente, os cargos de Director e Sub-director do OAL. De acordo com o Regulamento do OAL, o Conselho Científico da FCUL deverá propor estes nomes ao Sr. Reitor da Universidade de Lisboa para que ele lhes dê posse.

A entrada imediata em funções da nova Direcção permitirá dar continuidade ao trabalho desenvolvido até agora.
Espera-se apenas que lhe seja dadas boas condições, sem interferências despropositadas, para que possam desempenhar a sua tarefa, das mais prestigiantes para a Universidade de Lisboa, em prol do desenvolvimento científico português, através de um serviço público extremamente valioso para estudantes, professores e público em geral.

Este blog irá pois desaparecer dentro em breve. Contudo eu continuarei a escrever sobre este e outros temas num blog pessoal em http://nemesis2u.blogspot.com. De facto, liberto do cargo de Director, não necessito de impor a mim mesmo a contenção que vinha impondo até agora. Continuo pois alerta e denunciarei qualquer situação que venha a ser tentada contra o OAL.

Bem hajam todos vós pelo imenso apoio que sempre me deram.

João Lin Yun

07 março 2006

 

Depois ainda me perguntam porque é que me demito...!

Há dias, a Direcção do OAL contactou a EDP para mandar retirar uns contadores velhos que se tornaram obsoletos após as obras agora efectuadas. Pois, sabiam que recebemos uma reprimenda do Sr. Chefe da Divisão Financeira e Patrimonial da FCUL dizendo que não podemos fazer isso directamente?!!! Que temos de pedir autorização ao Presidente do Conselho Directivo da FCUL?!!!

Sem comentários...

O pior é que esta até é das coisas menores... Se fossem só estas...

É caso para voltar a perguntar: para que serve a Direcção do OAL? Sendo um trabalho não-remunerado, se lhe retiram toda a dignidade, desta e das outras formas bem piores, haverá que recordar que o trabalho escravo já não existe em Portugal... Ou será que existe...?!

01 março 2006

 

Adeus...!

Ao fim de três anos e meio como Director do OAL (e de sete anos e meio a "reconstruir" e a reabilitar o OAL), chegou a altura de abandonar a Direcção desta casa. Durante este tempo, sem qualquer remuneração, pus de lado o trabalho científico pessoal para poder dedicar-me 100% a trabalhar para o desenvolvimento justo e harmonioso da Astronomia e Astrofísica na Universidade de Lisboa. Apesar de todo o sucesso nas iniciativas e gestão do OAL durante este período, claramente reconhecido pelo público em geral e por instituições, professores e estudantes em particular, abandono a Direcção do OAL com uma profunda desilusão pela forma como funcionam os meios universitários, com a sua submissão à influência dos mais velhos e alegadamente mais poderosos, em vez de serem lugares de pessoas mais esclarecidas e livres que a sociedade julga serem. Assim, após mais de vinte anos de grande dedicação à instituição onde trabalho (a FCUL), é com tristeza que sou forçado a manifestar a minha indisponibilidade para continuar o enorme esforço que tenho feito a favor do progresso e desenvolvimento justo e humano desta instituição.

Para que progridam e se desenvolvam, são as instituições que precisam das pessoas. Só quando os critérios principais a ter em conta forem o mérito e o trabalho realizado pelas pessoas e não a sua idade ou o seu poder, só nessa altura poderão as universidades portuguesas libertarem-se do jugo do passado, feito de hierarquias ocas que as condenam a um atraso gritante.

Nos momentos difíceis, a contemplação da Beleza do nosso Universo pode ajudar ao restabelecimento do equilíbrio e bem-estar interiores. E a Astronomia é o "lugar" certo para isso. Quando contemplamos o céu estrelado, tantos mundos distantes, tantas interrogações a alimentar o espírito humano, e que pequena que é a nossa terra, a nossa Terra e a mesquinhez de alguns actos humanos!
Na despedida de todas as minhas responsabilidades no OAL (a acontecer brevemente), quero agradecer a todos os que colaboraram entusiasticamente no trabalho que desenvolvi.

A esperança de melhores tempos, de uma melhor sociedade, está nas gerações jovens e é para elas que vale a pena trabalharmos. Vamos a isso...!

João Lin Yun

20 dezembro 2005

 

A tarefa de Director do OAL

Ser Director do Observatório Astronómico de Lisboa não é um previlégio. É uma tarefa de dedicação à causa nobre de formar cidadãos em cultura científica, preservar o património histórico da Astronomia portuguesa e apoiar a investigação científica em Astronomia e Astrofísica. Para ser bem executada, implica uma grande dedicação à comunidade e 100% de lealdade para com a área de Astronomia e Astrofísica.

10 dezembro 2005

 

PALESTRAS PÚBLICAS 2006

O Observatório Astronómico de Lisboa (OAL) tem vindo a oferecer palestras públicas mensais sobre temas de Astronomia e Astrofísica. Proferidas por especialistas de reconhecido mérito e muito procuradas pelo público, estas palestras, oferecidas desde 1995, têm constituído um local de encontro e discussão de ideias, de grande presença no panorama cultural da cidade de Lisboa e não só... (através de emissão pela Internet, em directo).

Contudo, esta e outras iniciativas do OAL só têm sido possíveis graças a um enorme esforço por parte da Direcção e dos funcionários do OAL, em número largamente insuficiente para a quantidade e qualidade das actividades oferecidas ao público. Este esforço tem incluído também o desgaste de resistir a tentativas de invasão e utilização das instalações do OAL, com flagrante abuso das competências da Direcção do OAL por parte de grupos e projectos na área do clima, que nada têm a ver com a vocação do OAL. Assim, não tendo sido possível adequar os meios disponíveis às acções até agora oferecidas pelo OAL em condições de grande esforço, face a um desgaste adicional provocado pela agressividade da invasão acima referida, e perante a perspectiva da aposentação de mais dois dos últimos três funcionários (auxiliares e adminstrativos) do OAL, não resta à Direcção do OAL outra alternativa que a forte redução da quantidade e variedade de serviços e iniciativas oferecidas pelo OAL. Assim, lamentamos informar que o OAL não tem meios materiais e humanos, e sobretudo não tem condições de tranquilidade, para poder continuar a oferecer, durante 2006, este espaço de excelência de troca de ideias que foram até agora as palestras mensais do OAL.

26 outubro 2005

 

Agradecimentos

Na sequência do texto anterior, o Observatório Astronómico de Lisboa agradece as muitas manifestações de preocupação, entretanto recebidas do público, perante a eventual impossibilidade de darmos continuidade às iniciativas que, com tanto gosto, temos vindo a oferecer ao público.
A Direcção do OAL garante que tudo fará para que não tenhamos que encerrar os nossos serviços. Dado que isso infelizmente não depende só de nós, se isso acontecer, caberá então ao público, se assim o desejar, intervir junto dos responsáveis pois será ele o maior lesado com essa situação caso ela se venha a concretizar.
Bem hajam todos os amantes desta bela ciência, a Astronomia.

14 outubro 2005

 

Encerramento de Serviços oferecidos pelo OAL

O Observatório Astronómico de Lisboa (OAL) passa por tempos difíceis. Nos últimos anos, a Direcção do OAL tem efectuado um grande esforço para oferecer e dinamizar um excelente leque de actividades para o público em geral e as escolas em particular. Em resultado disso, o OAL é agora reconhecido pela população portuguesa como uma instituição de referência, onde as pessoas se dirigem para um conjunto importante de actividades ou serviços.

O sucesso conseguido, em condições de grande carência de recursos humanos e materiais, não é contudo reconhecido pelo Conselho Directivo da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) que deseja impôr certas decisões ao OAL, as quais põem em risco o funcionamento regular das actividades oferecidas ao público. Este procedimento não tem em conta o artigo 5º do Regulamento do OAL. É também lesivo dos próprios interesses da FCUL, dado esta se arriscar a perder muito da boa imagem entretanto conseguida através das actividades e serviços do OAL. A ser concretizado, a população portuguesa verá o Observatório ASTRONÓMICO de Lisboa ser convertido num centro de investigação do clima, e perderá o acesso aos planetas, às estrelas, às galáxias e ao Universo que tanto aprecia.

Dado essas decisões não terem a concordância da Direcção do OAL, o público afectado fica assim informado de quem são os responsáveis pelo provável encerramento de vários serviços e actividades
com que já se tinha habituado a poder contar.

Se é utente dos serviços do OAL ou frequenta algumas das suas actividades, ou beneficiou directa ou indirectamente delas, e deseja poder continuar a fazê-lo, faça ouvir a sua voz junto dos responsáveis. Ajudará assim a salvar algo valioso, porventura único no panorama cultural português.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?